Mercado pet ‘dispara’ e animais já têm até plano de saúde; conheça

Com cachorros e gatos fazendo cada vez mais parte das famílias, empresas oferecem serviços para que os tutores tenham mais segurança na hora de emergências e também nos cuidados básicos com os bichinhos

O mercado pet não para de crescer no país. Atualmente, são 83,4 mil negócios ligados ao setor, contra 18 mil em 2012, aumento de 363%, segundo levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Neste cenário e com muitos brasileiros considerando seus animais de estimação como parte da família, um novo segmento tem se destacado: o de plano de saúde para pets.

“Quem tem pet em casa sabe que emergências podem acontecer a qualquer dia e horário. Nem sempre encontramos o veterinário de confiança de plantão e os custos de um atendimento veterinário de emergência podem ser bem altos e quase nunca temos uma reserva para isso”, afirma Otto Marques, CEO e sócio-diretor do Meu Pet Club, startup curitibana focada na saúde animal.

A empresa cresceu 650% em 2021 e planeja crescer mais 200% esse ano. O foco deles é oferecer serviços realizados através de reembolso, sem necessidade da clínica veterinária ser credenciada.

“O Meu Pet Club não é um plano de saúde no modelo que todo mundo está acostumado. Ele é uma health pet e isso significa que nosso produto vai além dos cuidados de saúde veterinária, cobrindo banho, tosa, acupuntura, entre outros”, conta Otto.

Outra empresa do setor, a Porto.Pet, do grupo Petlove, tem mais de 50 mil cachorros e gatos em sua lista de clientes e cresceu 50% entre 2020 e 2021. O plano de saúde conta com uma rede de mais de 600 parceiros em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília, Porto Alegre e Belo Horizonte. Além do atendimento veterinário, oferece desde vacinação e castração, até cirurgias, internação e tratamento periódico de antipulgas e vermífugos.

“Os pets ocuparam um espaço importante nas famílias e suas necessidades são cada vez mais relevantes. Diferente da saúde humana, não temos um SUS para os pets, os poucos hospitais públicos que temos no setor atendem exclusivamente a população de baixa renda comprovada. Por isso, a importância do plano”, conta Fabiano Lima, CEO da Porto.Pet.

Mercado tem muito a ser explorado

Além da necessidade prática em casos de emergências com a saúde dos bichinhos, tudo que é oferecido para pets conta com fatores emotivos e sentimentais. Não é novidade, afinal, que muita gente trata seus animais como filhos.

“Não estamos prestando serviço para um cachorro ou um gato. Estamos prestando serviço para um membro da família, para um filho. Cada vez mais pessoas pensam dessa forma e essas pessoas investem nos seus pets”, diz Otto.

Apesar do crescimento constante de empresas do setor pet, quem trabalha na área diz que o nicho de planos de saúde ainda é uma novidade.

Fabiano concorda e diz que o setor de saúde pet vem crescendo nos últimos 4 anos, com muitas empresas chegando ao mercado. Mas, para se destacar, é preciso entregar uma boa experiência – tanto para os clientes como para os profissionais do mercado veterinário.

“Nossos investimentos estão focados em tecnologia e processos. O melhor produto não é aquele que atende apenas a necessidade do tutor, mas também é aquele que vai demandar o menor esforço dos nossos parceiros. Todas as partes precisam estar satisfeitas e trabalhando em sinergia”, explica Fabiano.

Como funciona

No Meu Pet Club, os planos começam com mensalidades de R$ 24,90, com coberturas que abrangem o dia a dia do animal, como consultas com veterinários, e seguem até R$ 319,90, incluindo hotel pet, acupuntura, fisioterapia, banho e tosa. Os limites de uso variam de acordo com o plano escolhido.

Na Porto.Pet, os planos custam a partir de R$ 99, com cobertura para procedimentos e acesso a cuidados como vacinação e castração, cirurgias, internação e tratamento periódico de antipulgas e vermífugos. Todos os planos oferecem atendimento domiciliar para consultas e vacinas.