Prestes a estrear como Marinalva em O Caçador, Nanda Costa deixa os ares de mocinha da novela das nove para trás, mas continua com o desafio de interpretar uma mulher forte na telinha. A ex-dançarina de boate que se tornou extremamente religiosa é peça-chave na jornada de André (Cauã Reymond), mas não tem semelhanças com a atriz, que enxerga apenas um ponto em comum: “Fisicamente somos muito parecidas”, ela brinca.
Para construir o mundo da personagem, Nanda frequentou cultos em igrejas evangélicas, teve dois encontros com a coach Paloma Riani e ainda teve ajuda em casa. “Tenho uma prima que é da igreja batista. Conversei bastante com ela, além de ter passado algumas madrugadas assistindo a cultos na TV”, explica a atriz.
E se se tem um rótulo que Nanda quer deixar longe de Marinalva é o de prostituta. “Outro dia li uma coisa assim na internet: ‘Nanda Costa fará mais uma prostituta’. Primeiro que a Morena (personagem de Nanda na novela Salve Jorge) não foi prostituta, foi traficada e obrigada a se prostituir. As pessoas estão mais preocupadas em comparar as pessoas do que de fato conhecer. Cada um é único, seja na vida ou na arte. Por que tanto rótulo e preconceito? São mulheres diferentes, fortes, são personagens complexos.
Para mim, quando se trata de personagem não importa a profissão, caráter, posição política, opção sexual, se vai ficar pelada ou não, muito menos o tamanho do papel. Gosto de desafio”, desabafa.