Paraná reduz superlotação carcerária e vira modelo para o País

O Paraná reduziu em 66% a superlotação carcerária em pouco mais de dois anos e meio de governo. Desde o dia 1º de janeiro de 2011, o excesso de presos em relação à capacidade das prisões do estado caiu de 11,6 mil para 3,9 mil.
Os resultados foram apresentados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pela secretária estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes, durante encontro dos Grupos de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMFs) dos tribunais de Justiça dos estados.
Maria Tereza informou também que o total de presos do Estado caiu, nesse mesmo período, em mais de 2,7 mil pessoas. “No início do atual governo eram 30.521 presos em todos os estabelecimentos penitenciários e delegacias de Polícia do Paraná, hoje são 27.807. E isso sem que tenha havido aumento nos índices de criminalidade”, destacou.
Segundo dados a Secretaria estadual da Segurança Pública, o número de homicídios dolosos (quando há intenção de matar) caiu 27% no Paraná nos primeiros seis meses de 2013, na comparação com o mesmo período de 2010. Foram registrados 1.316 ocorrências neste ano, contra 1.795 em 2010.
Durante o encontro no Conselho, Maria Tereza informou que nesses dois anos e quase oito meses de governo o sistema penitenciário do Paraná já absorveu 25.197 presos oriundos das delegacias de Polícia de todo o estado e 928 presos federais. “Se não tivéssemos uma gestão inteligente e humana do sistema, o Paraná teria hoje mais de 50 mil presos, grande parte indevidamente”, destacou.