
Proposta e defendida pela Associação Nacional dos Mutuários (ANM-PR), a modalidade de inversão de juros prevê que seja invertida a ordem do pagamento dos juros nas prestações, para que seja pago da menor parcela para a maior. Se aprovada, a modalidade será solução para o sistema financeiro imobiliário, auxiliando aqueles que tiveram redução de renda e estão com dificuldades para efetuar o pagamento mensal. A solicitação já foi enviada pela Associação para Brasília, para o Presidente da Caixa Econômica e para outros órgãos e aguarda aprovação.
“Essa é uma alternativa para fugir da crise e evitar que o imóvel seja retomado. Essa é uma opção para aquelas situações em que o mutuário perdeu o emprego e está em outro, porém, com uma renda menor. Ele quer pagar seu imóvel, só que precisa desse auxílio extra para ajudá-lo nesse período de dificuldade”, defende o presidente da ANM-PR, Luiz Alberto Copetti.
Proposta da Inversão da tabela de juros
O presidente da ANM-PR explica que, atualmente, conforme a planilha evolutiva, os juros são pagos no início do contrato. Ou seja, por isso as primeiras parcelas são mais altas e ao decorrer do financiamento ela vai diminuindo. A proposta de inversão da tabela de juros propõe que seja feito o inverso, com o pagamento das parcelas em ordem crescente, da menor parcela para a maior.
Atualmente, a modalidade já é realizada em casos específicos, após ação judicial. Cerca de 40 contratos estão em processo na Justiça, por intermédio da ANM-PR, e aguardam julgamento. Porém, a ideia da Associação é que isso seja realizado automaticamente, para quem optar, desde o início do parcelamento.
“Nós queremos que ele pague hoje o que tem condições de pagar. E não que ele perca seu imóvel para o banco por falta de alternativas. Ele vai pagar o valor da mesma forma, só que mais para o final do contrato. Isso é uma forma de facilitar para o mutuário e também para o banco, que irá continuar a receber o dinheiro da venda da mesma forma”, defende Copetti.