Avaliação … injustificável não fazê-la!

Atividade Física, saúde e qualidade de vida

Prof. Adel L. Youssef

Muitas pessoas ao iniciarem um programa de exercícios ou treinamento físico abrem mão da avaliação e, por mais absurdo que pareça, alguns profissionais também. O que consiste em um erro grosseiro, pois, ao abrir mão da avaliação perde-se a condição de mensurar, comparar e estabelecer a efetiva, adequada e necessária progressão de carga.

No treinamento desportivo a avaliação corresponde ao controle do programa estabelecido, ou seja, controlar significa avaliar, interpretar e trabalhar com os dados coletados. Logo, não avaliar, se refere a abrir mão do controle do processo.

Tecnicamente a avaliação deveria ocorrer, ao menos, em 3 momentos, no início, durante e ao final de ciclos de atividade, o que corresponderia a avalição diagnóstica, formativa e somativa, respectivamente. Podendo ainda, ocorrer de modo objetivo (direto) ou subjetivo (indireto), destacando que a subjetividade sempre está muito próxima da interpretação pessoal. Vale destacar que uma modalidade métrica é de fácil interpretação, por exemplo, ao correr 100m, o indicador está no tempo cronometrado e o mesmo é uma referência direta. Já, ao se avaliar a composição corporal, será preciso aplicação de formulas, correlacionar e.o. aspectos.

Toda e qualquer avaliação, deve obedecer a protocolos de administração, o que garantem a fidedignidade e o respeito à indicação do mesmo e quando se utilizar de equipamentos para tal, a calibragem, a técnica e o rigor (científico) devem ser observados. Aliado a isto, uma prática que deveria ser adotada, se refere ao aspecto de que o avaliador deveria participar do processo de interpretação, bem como das prescrições oriundas da avaliação.

A avaliação ainda, e, fundamentalmente, serve de base para pesquisas e difusão do conhecimento e a ausência da mesma corresponde, também, a um processo de empobrecimento.

Iniciar um processo de treinamento sem avaliação e planejamento é flertar com o risco, MUITO alto.

https://www.scielosp.org/article/csp/2004.v20n1/204-215/ aces. em 16/03/21

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