Uma pesquisa revelou que quando um ente querido morre o estresse psicológico pode elevar o risco de problemas cardiovasculares, incluindo batimentos cardíacos irregulares por até um ano. O estudo, publicado na revista BMJ Oper Heart , mostrou que pessoas jovens que sofrem com uma perda inesperada são quem mais correm perigo. Os eventos estressantes foram associados a uma chance de aumento de doenças cardiovasculares agudas, tais como o enfarte do miocárdio. No entanto, não está claro se eles elevam a fibrilação atrial, que é o tipo mais comum de arritmia.
A análise foi realizada por uma equipe da Universidade de Aarhus, da Dinamarca, e utilizou dados do Registro Nacional de Paciente da Dinamarca, para identificar 88.612 casos de pessoas com fibrilação atrial entre 1995 e 2015.
O luto pelo parceiro foi experimentado por cerca de 17.478 indivíduos, onde foi constatado um maior risco de desenvolver a doença temporariamente. Já para aqueles com idade inferior a 60 anos ou pessoas cujo parceiro era relativamente saudável antes de sua morte, a chance de desenvolver fibrilação atrial foi maior entre 8 e 14 dias após a perda.
“O falecimento de um parceiro é um evento devastador na vida de qualquer pessoa, mas o efeito pode ser ainda pior quando é uma morte súbita ou prematura. Essa pesquisa mostrou como o estresse emocional pode ter efeito adverso sobre o coração, mas também destaca um efeito físico significativo, que é o maior risco de desenvolver fibrilação atrial, quando se está de luto”, disse Maurren Talbot, da Fundação Britânica do Coração.
Também foi revelado que enquanto as doenças cardiovasculares e diabetes são mais comuns entre os recém-diagnosticados com a doença, o risco de desenvolver arritmia pela primeira vez foi de 41% entre aqueles que sofreram com uma perda repentina.