Muito se fala sobre a cirurgia de ponte de safena, mas poucos sabem exatamente o que significa. Conhecida como revascularização do miocárdio, a ponte de safena é a cirurgia que cria uma nova rota para que o sangue e o oxigênio voltem a chegar até o músculo do coração. O procedimento consiste na retirada da veia safena das pernas do paciente para ser enxertada desde a aorta até a coronária obstruída e abaixo do local da obstrução, transformando-se em ponte e evitando o infarto do miocárdio. “O procedimento é indicado para casos de artérias coronárias que já estão 70% obstruídas. O desvio criado ajudará a levar sangue às artérias que estavam obstruídas”, explica o cardiologista da Cardiologia Sugisawa, Dr. George Soncini.
Dr. Soncini comenta que a cirurgia de ponte de safena vem sendo realizada desde a década de 1970 e com resultados excelentes, no entanto é necessário que o paciente faça a sua parte no pós-cirúrgico, como realização da atividade física, alimentação correta e uso das medicações orientadas pelo médico. “É uma cirurgia complexa, realizada com anestesia geral. No pós-operatório, o paciente é levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no qual ficará por três dias para monitorização e cuidados médicos intensivos”, esclarece. Segundo o cardiologista, o risco de morte durante a cirurgia é baixo, mas não descartado. “Mesmo pequeno, essa possibilidade sempre existe em uma cirurgia. Mas, no caso da ponte de safena, o risco é menor do que se não realizá-la, já que o paciente poderá morrer subitamente por conta do infarto”, alerta.
O cardiologista também explica que a ponte de safena está aliada a outros métodos. “Existem diversos tratamentos para as insuficiências coronarianas e eles podem ser clínicos, hemodinâmicos (como a angioplastia) ou cirúrgicos”, comenta. Ele lembra que todo paciente deve ser avaliado individualmente e que há algumas restrições para a realização da cirurgia. “Pacientes que possuem algumas comorbidades, como a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), insuficiência renal grave, infecções graves, descompensação cardíaca ou artérias coronárias muito finas, devem procurar seu médico e realizar uma avaliação para que seja escolhido o melhor procedimento”, orienta.
Após a realização da cirurgia e já de alta hospitalar, o paciente deve ser encaminhado para fisioterapia cardiopulmonar. “Quem acabou de realizar a cirurgia deve lembrar que é preciso evitar o fumo, praticar exercício físico regular, tratar a diabetes e a pressão alta, manter o colesterol baixo, ter uma dieta saudável e manter o peso ideal”, salienta o cardiologista, Dr. George Soncini.