Prefeitura faz mutirão para exames de mama

00171473

Cerca de 200 mulheres foram convocadas para fazer ultrassonografias mamárias nesta sexta-feira (16), em mutirão realizado na Unidade de Saúde Mãe Curitibana, em Curitiba. A iniciativa faz parte das atividades da Secretaria Municipal da Saúde durante o Outubro Rosa, mês em que vários projetos ganham visibilidade para conscientizar o maior número de pessoas em relação à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama.
A ultrassonografia mamária – ou ecografia mamária – é uma técnica que reproduz imagens internas das mamas e é usada para auxiliar no diagnóstico e no acompanhamento de lesões. Segundo o obstetra Wagner Barbosa Dias, coordenador do Programa Mãe Curitibana/Rede Cegonha, em pacientes com mais de 50 anos ou em pacientes jovens com histórico familiar de câncer, trata-se de um exame complementar à mamografia de rastreamento. Foram chamadas para o exame no Mãe Curitibana mulheres de todas as regiões da cidade que aguardavam a realização desse exame. A dona de casa Andreia Leandro de Farias, de 39 anos, usuária da US Sambaqui, no Sítio Cercado, disse estar preocupada com uma irregularidade que apareceu em um de seus seios e agora vai fazer todo o procedimento necessário para verificar o diagnóstico.
Dias lembrou que mulheres com risco elevado para câncer de mama devem conversar com o seu médico para avaliação do risco para decidir a conduta a ser adotada. A aposentada Ilda do Rocio Santos, de 61 anos, da Unidade de Saúde Medianeira, estava com a mamografia de rastreamento e outros exames em mãos para apresentar ao médico no momento da ultrassonografia. “Faço meus exames rotineiramente, mas apareceu um caroço no meu seio e achei importante investigar o que é”, comentou.
O coordenador do Programa Mãe Curitibana ressaltou, porém, que boa parte dos nódulos – os famosos “caroços” – são benignos e não exigem nenhum tipo de intervenção cirúrgica. “Mas só uma biópsia destes nódulos é que vai definir o diagnóstico correto. A mamografia e a ultrassonografia são recursos que ajudam a localizar os nódulos, mas não informam se são malignos ou benignos”.
A pedagoga Andressa Drun, de 29 anos, foi uma das selecionadas para participar do mutirão devido à dor intensa nos seios. A ultrassonografia, no entanto, descartou qualquer problema existente. “Para pacientes com menos de 50 anos e sem histórico familiar de câncer de mama, a ultrassonografia é mais recomendável do que a mamografia, pelas informações que repassa ao médico”, explicou Dias.
O secretário municipal de Saúde, Cesar Monte Serrat Titton, disse que os desafios no controle do câncer de mama não dependem somente da realização dos exames, mas também de promover a conscientização das mulheres em relação ao seu corpo e à necessidade de investigação oportuna das alterações suspeitas nas mamas. “Não existe uma causa única para o câncer de mama. É uma doença que está relacionada a fatores de risco ambientais, reprodutivos, hormonais e genéticos também”. Segundo ele, a adoção de um estilo de vida saudável, com a realização de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada, também contribuem para a prevenção do câncer de mama.