A média de livros lidos pelos brasileiros não ultrapassa mais de quatro livros por ano, segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope Inteligência, encomendada pelo Instituto Pró-Livro. Além disso, mais de 92% da população da América Latina têm algum déficit de leitura, tornando o hábito de ler quase que uma obrigação para algumas pessoas.
Muitas pessoas fazem da leitura uma necessidade urgente: precisam ler por conta de uma prova na faculdade, por conta de um concurso público, por conta do trabalho. Ao invés da leitura ser algo cotidiano e prazeroso, se torna obrigação, o que prejudica ainda mais o hábito de ler.
Diante desse panorama alarmante do nível de leitura no Brasil, há cinco anos o Programa Integral de Leitura para o Brasil – Pilbra, vindo da Colômbia, chegou ao país com a proposta de corrigir os maus hábitos de leitura e promover uma leitura mais concentrada, onde o foco é conseguir compreender mais conteúdo em menos tempo. O programa já existe na América Latina há mais de 30 anos.
A diretora regional da Pilbra em Curitiba Carla Gazapina explica que o objetivo principal é fazer com que o aluno compreenda com clareza o conteúdo que se propôs a ler. “A velocidade vira uma conseqüência. O usuário do nosso programa aprende a ler melhor, aprende a entender o que está sendo lido, aprende a ter mais concentração, cada vez mais rápido, pois corrige maus hábitos de leitura”, explica Carla.
O programa dura em média de quatro a seis meses, onde cada usuário faz uma hora por semana de monitoria na sede da Pilbra. Nessa hora de monitoria, o usuário faz exercícios de leitura que contemplam técnicas para ampliar a visão do leitor, exigindo mais concentração da pessoa. A monitoria conta com um profissional capacitado, que orienta e cronometra o tempo que cada usuário necessitou para realizar a leitura recomendada, sendo avaliado se houve progresso ou não no ritmo de leitura.
As turmas são pequenas e, como cada usuário evolui de uma forma (de acordo com a dedicação de cada usuário), as aulas são semi-personalizadas: o monitor vai verificar as tarefas que devem ser feitas em casa, corrigir, dar exercícios de acordo com o nível que o usuário está do programa.
Segundo Carla, o programa não é um método de memorização. “Memorização é você ler várias vezes o conteúdo para uma prova, por exemplo, e na hora da prova, dar aquele branco. Ou seja, o aluno não aprendeu o conteúdo, só memorizou, e a memorização tem um espaço de duração curta, assim como para quem lê em voz alta, achando que vai “decorar mais fácil”: o áudio tem uma fixação ainda mais curta”, explica a diretora.
A Pilbra
Com duas sedes em Curitiba – uma no Água Verde e outra no Bom Retiro, a Pilbra veio primeiro a capital paranaense porque, segundo Carla Gazapina, “Curitiba é uma cidade laboratório: se uma empresa der certo aqui, dá certo no país todo, porque o curitibano é um público muito exigente”. Deu certo: hoje a Pilbra já está nas cidades de Londrina, Maringá, Joinville e Porto Alegre. Ao todo, mais de 70 novos usuários ingressam por mês no programa. Durante o ano, são realizadas formaturas, onde os usuários recebem sua certificação por terem concluído o programa.
Em cada país, o Programa Integral de Leitura é desenvolvido e aplicado de acordo com a necessidade analisada em estudos de cada população. O programa aplicado no Brasil é personalizado e diferente dos métodos do programa utilizado na Venezuela, por exemplo.
Para saber se tem alguma dificuldade de leitura, a Pilbra oferece gratuitamente um teste de leitura. Neste teste, será possível analisar se há uma dificuldade e qual o grau de déficit de leitura está, para daí sim ser encaminhado para o Programa Integral de Leitura. O teste pode ser feito diretamente em uma das sedes da Pilbra ou pode ser agendado, onde um consultor da Pilbra vai até a pessoa, aplica o teste, avalia e explica a metodologia do programa.
Serviço:
Programa Integral de Leitura para o Brasil – Pilbra
Av. Brigadeiro Franco, 3309.
Água Verde
(41) 3091-2100
Rua Nilo Peçanha, 1315.
Bom Retiro
Fone: (41) 3078-4707
))) Franciele Lima