Programa vai unificar gestão dos resíduos no Estado

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, estabeleceu a meta de acabar com os lixões a céu aberto no Paraná até 2014. O Programa “Paraná Sem Lixões” será transversal e irá envolver todos os órgãos de governo que executam ações relacionadas ao saneamento ambiental e à produção de energia a partir do lixo, entre eles Sanepar, Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Instituto das Águas do Paraná, Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Copel.
“Vamos implementar ações em curto prazo, com uma política abrangente de resíduos sólidos para o Estado, seguindo o que prevê a Lei Federal. Será uma verdadeira força-tarefa para eliminar definitivamente os lixões no Paraná”, declarou Cheida. Nesta quarta-feira (03), Cheida levou a proposta para o secretário de Desenvolvimento Urbano, Ratinho Júnior. “A ideia é que a secretaria financie a aquisição de máquinas, caminhões e outros equipamentos necessários para a viabilização dos novos aterros sanitários”, disse Ratinho Júnior. O presidente da Sanepar, Fernando Ghignone, conheceu o programa e disse que a Companhia será parceira nesta iniciativa.
Em contrapartida, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA) está divulgando um “edital de chamamento” para a implantação da logística reversa nas empresas geradoras dos diferentes tipos de resíduos como, por exemplo, pilhas, baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas, eletroeletrônicos e outros. “O objetivo é garantir que o setor produtivo faça o recolhimento e a destinação correta dos resíduos por eles gerados e que são disponibilizados no mercado”, reforçou Cheida.
Um dos segmentos que está atendendo ao chamamento é a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). O presidente da associação, João Carlos Basílio, esteve na Secretaria para definir estratégias para a segunda fase do programa “Dê a Mão para o Futuro”. A iniciativa prevê a entrega de equipamentos e cursos de capacitação às cooperativas de coletores para potencializar a comercialização de materiais reciclados no Estado. A primeira fase do programa, realizada entre 2010 e 2012, garantiu a retirada de 18 mil toneladas de materiais. A meta agora é superar esta marca.