Rain Man marcou toda uma geração dos anos 80 com suas nuances de amor familiar, com situações inusitadas, provocando diversas reações na plateia. Duas décadas depois, o longa ganha os palcos, com direção de José Wilker. Com texto de Dan Gordon, ele dirige a adaptação para o teatro do filme de Barry Morrow, sucesso estrelado por Dustin Hoffman e Tom Cruise, vencedor de quatro categorias no Oscar 1989. Com realização da Prime, o espetáculo, que tem no elenco Marcelo Serrado, Rafael Infante, Fernanda Paes Leme, Roberto Lobo, Jaime Leibovitch e Sara Valadão, chega pela primeira vez a Curitiba, no próximo dia 15 de junho, em única apresentação no Teatro Positivo Grande Auditório, às 21h15.
Rain Man é uma peça sobre o amor que, num momento especial, nasce entre dois irmãos. Um relacionamento carregado de emoção, dores, alegrias e, principalmente, de afeto. “É uma peça que, embora tenha uma personagem que sofre de uma determinada síndrome, fala principalmente de afetos. Ou dos caminhos tortuosos que o afeto percorre até se realizar como tal”, define Wilker em sua primeira direção de uma adaptação teatral do cinema. “Já tinha feito o caminho inverso, quando dirigi duas peças que depois se tornaram filmes”, completa referindo-se às montagens de A Morte e a Donzela, de Ariel Dorfman, e Mephisto, de Klaus Mann.
No caso de Rain Man, a essência da historia original é mantida e a complexa relação dos personagens é percebida integralmente através dos diálogos e situações surpreendentes da história.
Charlie Babbitt (Rafael Infante) é um egocêntrico vendedor de automóveis de Los Angeles que está em guerra com sua própria vida. Os relacionamentos não são o forte de Charlie e o amor é completamente estranho a sua experiência.
Insensível, Charlie só espera a herança após a morte de seu pai doente e internado. Mas acaba descobrindo que o beneficiado pela fortuna inteira de seu pai é Raymond (Marcelo Serrado), o irmão mais velho. Charlie nunca teve uma lembrança concreta de sua existência. Decide então procurar o médico e o irmão internado para tentar salvar sua parte da herança.
Na realidade, Raymond é um autista que viveu escondido em uma instituição a maior parte de sua vida. Raymod é disfuncional em muitos sentidos, mas como Charlie descobrirá – também é dotado de uma espécie de talento extraordinário com tiradas de gênio que faz Charlie se aproveitar disso para tentar salvar seu negócio. Charlie “sequestra” Raymond tentando de alguma forma estabelecer uma forma de colocar a mão na fortuna e acaba criando uma relação complexa com o irmão.
Os dois embarcam em uma viagem passando por Las Vegas onde Raymond exerce seu talento com os números e favorece Charlie com ganhos no jogo. A namorada (Fernanda Paes Leme) de Charlie se junta ao grupo e acaba se ligando afetivamente a Raymond. Essa viagem acaba mostrando a Raymond um mundo além das portas do hospital e a Charlie o significado do amor incondicional que surpreende seu espírito prático e insensível.
Para ele, o seu agora irmão mais velho habitava suas lembranças fantasiosas de criança apenas como Ray Man, seu amigo imaginário.
Como eles superaram a desconfiança mutua, uma profunda ligação nasce com essas lembranças dolorosas do passado, problemas do presente, com a inevitável doença do irmão, e um possível futuro gratificante pela frente.
Mais informações ao público pelos telefones (41) 33150808 e 33173107, ou ainda pelo site www.maisumadaprime.com.br