Saiba a hora certa de combater a halitose

O desagradável odor expelido pela boca, popularmente chamado de mau hálito, pode ser decorrente de uma patologia ou do próprio do organismo. “Não adianta utilizar balas, chicletes ou produtos similares para disfarçar o mau hálito. O ideal é sempre procurar auxílio profissional. Esses recursos, na verdade, mascaram o problema por períodos muito curtos e, por vezes, podem até agravá-lo”, assegura o Cirurgião-Dentista, Professor, Mestre e Doutor em Odontologia da Uniban Anhanguera, Dr. Hugo Lewgoy.
O mau hálito ou halitose é um problema que atinge boa parte da população e normalmente causa grande constrangimento para quem o possui e para as outras pessoas que, habitualmente, não sabem como reagir. “É normal ter halitose durante algumas horas do dia, porém, é fundamental saber diferenciar uma halitose fisiológica de uma patológica. A halitose comum, aquela que praticamente todas as pessoas têm, acontece pela manhã. Este tipo de mau hálito não é considerado um problema sério, pois é fisiológico, ou seja, está relacionado com o metabolismo do corpo humano”, esclarece o cirurgião-dentista.
O especialista observa que a halitose matinal, no entanto, deve desaparecer após a primeira refeição da manhã seguida da higienização dos dentes e gengivas e também com a higienização da língua (realizada com os raspadores ou higienizadores linguais). “Se mesmo assim o problema persistir, pode realmente ser considerado mau hálito patológico, o que requer um acompanhamento profissional. Na grande maioria dos casos, o problema tem origem na própria boca, principalmente na região localizada entre os dentes (região interdental) e também na língua devido à presença de saburra, que é um tipo de placa bacteriana lingual”, afirma Dr. Lewgoy. Ele ainda reforça que a falta de higienização dos dentes, principalmente nas regiões interdentais, também colabora para outros problemas, como a formação de cáries, gengivites e periodontites.
O enxaguatório bucal sem orientação pode contribuir para o aumento da halitose. A grande maioria dos enxaguatórios orais contém álcool em sua formulação, o que ajuda a aumentar a descamação das mucosas orais e pode até provocar uma diminuição do fluxo salivar, que está diretamente relacionada com a halitose.