O sono insuficiente é um problema comum na sociedade atual, e as causas são multifatoriais. Problemas como aumento de demanda de trabalho, agenda social, dinâmica familiar, condições médicas e distúrbios do próprio sono podem interferir na qualidade e quantidade de horas dormidas. Com o acúmulo de privação de sono, a pessoa pode apresentar piora no desempenho geral, aumento de risco de acidentes e efeitos deletérios na saúde física e mental.
O sono possui duas dimensões: duração (quantidade) e profundidade (qualidade). Quando ocorre inadequação em qualquer uma dessas variáveis, a pessoa pode sofrer com deterioração da performance e do estado de alerta durante o dia.
Pode-se considerar sono insuficiente quando há uma alteração no estado de alerta e diminuição do desempenho do indivíduo, seja pela redução ou fragmentação do sono total. Muitas pessoas dormem horas reduzidas à noite ou tem alteração dos horários noturnos, no entanto não apresentam sintomas nem queixas importantes. Nestes casos devemos considerar a individualidade de cada um. Não sendo um problema da saúde; portanto, não é necessário investigação ou tratamento.
Privação de sono aguda pode ser definida como redução do tempo total de sono por até dois dias. No caso de privação de sono crônica (também chamada de restrição de sono), existe uma diminuição no sono rotineiramente.
A necessidade de sono varia drasticamente de um indivíduo para outro e ao longo da vida. Por este motivo, é extremamente difícil definir a quantidade de horas suficientes para uma população tão heterogênea.
Uma forma de descobrir a quantidade ideal de horas de sono por noite é permitir que a pessoa acorde espontaneamente. Outra técnica é observar qual o melhor estado de alerta após testar períodos diferentes de sono.
A Academia Americana de Medicina do Sono recomenda uma quantidade de 7 a 9 horas de sono por noite para melhor saúde geral.