A taxa de sobrevivência das empresas no Paraná é de 75%. Ou seja, de cada 100 empresas criadas no Estado, 75 em média sobrevivem aos dois primeiros anos de vida, considerado o período mais crítico para os negócios. O dado faz parte de um estudo realizado pelo Sebrae Nacional, nos 27 estados brasileiros.
A legislação favorável aos pequenos negócios, com menos tributos e burocracia; o aumento da escolaridade no País, e por consequência também nas empresas; e o mercado nacional fortalecido, com mais de 100 milhões de consumidores, são apontados como fatores responsáveis pela alta na taxa de sobrevivência no Paraná e em outros estados.
O estudo analisou empresas criadas em 2007, a partir do processamento e da análise das bases de dados mais recentes disponibilizadas pela SRF. Considerando que os pequenos negócios representam 99% dos estabelecimentos formais no Brasil, o estudo traça um raio-x da sobrevivência das micro e pequenas empresas.
O Paraná está em 10ª posição no ranking nacional de sobrevivência das empresas e Curitiba em 14ª no comparativo entre as capitais. O Estado ficou pouco abaixo da média nacional, que fechou em 76%, mas avançou desde a primeira edição do estudo Sobrevivência nas Empresas, de outubro de 2011, quando a taxa de sobrevivência das empresas paranaenses, criadas em 2006, era de 70%, frente a uma média de 73% no Brasil.
“Com os dados em mãos, e num trabalho que é permanente, estamos melhorando, ano após ano, os resultados da taxa de sobrevivência, o que representa maior longevidade dos pequenos negócios no Paraná, geradores de empregos e renda”, diz Vitor Roberto Tioqueta, diretor-superintendente do Sebrae/PR.
A taxa de sobrevivência, segundo ele, que já foi de menos de 50% há cerca de dez anos e que está em crescimento no Brasil, mostra uma melhor capacidade dos empreendedores e empresários de micro e pequenas empresas para superar dificuldades nos primeiros dois anos de negócio. Nesse período, a empresa ainda não é conhecida no mercado e tem poucos clientes.
“É um índice que pode melhorar ainda mais no Paraná, mas que, sem dúvida, representa um ótimo resultado, se levarmos em consideração as dificuldades enfrentadas pelos empreendedores que, muitas vezes, nessa fase inicial do empreendimento, ainda têm pouca experiência em gestão”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae/PR.
Tioqueta também cita o planejamento, as finanças em dia, a inovação, o uso de indicadores, a prospecção de novos clientes, a formação empresarial e a análise de mercado como aspectos preponderantes para o êxito nos negócios. “Sobretudo em regiões altamente competitivas como o sul do País, onde sobreviver requer muita orientação e estratégia.”