Seis centrais de rádio táxi da cidade de Curitiba atenderam ao convite da Secretaria da Mulher e da Fundação de Ação Social (FAS) do município para aderir a uma campanha de proteção às crianças e adolescentes contra o abuso e a exploração sexual e também de combate à violência contra as mulheres. A ideia é levar aos passageiros dos táxis informações sobre o crime, bem como orientações sobre identificação dos sinais de violência nas crianças e os meios que existem para denunciar – como o telefone 156 da Prefeitura de Curitiba, a central de denúncias Disque 100 da Secretaria de Direitos Humanos do governo federal e o serviço do Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, que atende chamados sobre violência contra mulheres.
A campanha será deflagrada neste mês de maio, em alusão ao dia nacional de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes (18 de maio), data criada para lembrar o crime hediondo do assassinato da menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, em Vitória (ES), há 40 anos. Na época, ela tinha apenas 8 anos. A Lei nº 9.970/2000 colocou o dia da morte da menina no calendário oficial do País com a finalidade de conscientizar as autoridades e a sociedade sobre a gravidade dos crimes de violência sexual contra crianças e adolescentes e instituir mecanismos de proteção. No sábado, dia 18, os taxistas das seis associações vão combinar um horário para buzinar ao mesmo tempo em sinal de alerta e de adesão ao movimento.
Em parceria com as centrais de rádio táxi, que juntas representam 1.800 dos 2.256 veículos em circulação, com capacidade de transportar quase 2 milhões de passageiros por mês em Curitiba, a Prefeitura quer ampliar o alcance da campanha institucional ao longo do ano. Para a presidente da FAS, Marcia Oleskovicz Fruet, a participação dos taxistas é essencial: “Tenho plena convicção de o apoio dos taxistas vai contribuir de forma decisiva para que a campanha dê certo. Esses profissionais são formadores de opinião, são o termômetro da cidade e têm um poder mobilizador muito grande”, disse Marcia.