Muita gente passa noites mal dormidas e nem imagina que o grande vilão da qualidade do sono pode ser o travesseiro utilizado. Desenvolvido para exercer a função de alinhar a coluna cervical com o tronco, o acessório, quando bem escolhido, evita que o peso da cabeça force a coluna. Do contrário, se inadequado, pode ocasionar dores e até problemas futuros de coluna.
Na escolha do melhor travesseiro, a primeira pergunta a ser feita é sobre a posição de dormir. “Pessoas que dormem de lado precisam de travesseiros mais altos, que tenham de altura, antes de deitar, a distância entre o seu ombro e o seu pescoço. Já para aqueles que dormem de barriga para cima, o ideal é um travesseiro mais baixo”, afirma Diego Müller Milani, diretor comercial da Camaleão Colchões.
Para o ortopedista doutor Paulo Miranda o ideal é evitar os extremos. “Embora existam pessoas que não gostem de travesseiros e outras que gostem daqueles bem altos, o uso deste acessório é sempre recomendado, mas utilizando o tamanho correto. Quando muito alto ele inclina a coluna para cima e, sem travesseiro, a coluna fica inclinada para baixo. Ambos os casos forçam o ligamento da coluna, o que pode piorar dores pré-existentes ou até mesmo desencadear outros incômodos físicos”, esclarece o especialista.
Com relação aos materiais, Diego explica que o látex é a melhor matéria-prima existente atualmente. “Travesseiros de látex são hiperventilados, antialérgicos por natureza e termorreguladores, ou seja, ajudam a armazenar calor no frio e a dispersar calor no verão. Além disso, o material tem 100% de resiliência, o que proporciona maior conforto, e eles podem ser lavados. Porém existem outras opções, como o de visco elástico, muito confortável também, pois se adapta ao contorno do corpo”, acrescenta o diretor comercial.
É importante saber ainda que a vida útil dos travesseiros é de cerca de cinco anos, mas os médicos recomendam que a troca seja feita a cada dois anos por causa da grande probabilidade de contaminação por microrganismos a que eles estão sujeitos. Para fazer a troca, o Doutor Paulo Miranda recomenda a escolha de um travesseiro parecido com o anterior. “Caso o modelo comprado seja muito diferente do antigo, é preciso um período de adaptação. Faça a substituição gradual, utilizando o novo algumas horas da noite e então voltando ao velho. Faça isso até sentir-se confortável para ficar uma noite inteira com o novo”, conclui o médico.