Verrugas: cirurgia nem sempre é a única solução

Quem tem verruga um dia já deve ter se questionado sobre a necessidade de encarar um procedimento cirúrgico para sua retirada. Mas grande parte delas desaparecem espontaneamente, depois de algum tempo. É o que afirma a dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Márcia Grieco.
Causadas pelo vírus HPV, que penetra em pequenas fissuras da pele como machucados, arranhões e área de trauma (barba e depilação nas pernas, entre outras), as verrugas são lesões de pele de aspecto protuberante e superfície áspera.
“Elas se apresentam com pontos mais escuros e podem aparecer isoladas ou agrupadas.” A forma e o tamanho podem variar de acordo com o tipo de vírus na infecção.
“Muitas vezes, nossa própria imunidade acaba por eliminá-las”, analisa a especialista. Em outros casos, a situação pode ser resolvida com o uso local de medicamentos específicos que removem as lesões. “É comum a intervenção com o uso de ácidos (cauterização química), aplicação de nitrogênio líquido ou eletrocauterização, realizadas por um dermatologista.” Há ainda situações em que são usados laser e cirurgia convencional.
Em relação ao grupo mais suscetível, a dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Márcia Grieco, alerta para crianças e adolescentes que tenham o hábito de roer unhas ou tirar peles ao redor das cutículas e pessoas com imunidade comprometida. A contaminação ocorre por contato direto com pessoas e objetos infectados. “Logo, a importância de materiais descartáveis ou esterilizados em autoclave na hora da manicure, por exemplo.”, reforça a doutora.