Soluções caseiras inibem ataque de pernilongos e borrachudos

É só chegar o verão para que pernilongos e borrachudos voltem a fazer parte da rotina de muita gente. Isso porque o calor e as tradicionais tardes chuvosas aceleram o ciclo biológico desses mosquitos e sua temida proliferação, aumentando a incidência das picadas que causam dor, coceira, além de inchaço na região atingida.
Para evitar o incômodo típico da estação, algumas soluções caseiras podem ser bastante eficazes e servir de alternativa aos repelentes tradicionais. As folhas de eucalipto, por exemplo, contêm uma substância natural tão eficaz quando os produtos industriais.
A loção caseira é preparada de forma simples: basta adicionar dez gotas de óleo de eucalipto a 50 ml de óleo de jojoba, coco ou amêndoa. A mistura pode ser aplicada sobre a pele exposta a cada duas horas. “Apesar disso, vale a pena consultar-se com um médico para que ele dê orientações em relação à frequência das aplicações ao longo do dia e às áreas do corpo onde é possível aplicar a substância”, ressalta Marcelo Aun, alergista do Hospital Samaritano, de São Paulo.
Outro artifício seguro para afastar o risco das picadas é feito à base de citronela, uma planta aromática parecida com o capim-limão. Multifuncional, ela é bastante eficaz, principalmente quando incorporada na fórmula de velas, que podem ser acesas para proteger os ambientes internos contra diversos tipos de insetos.
Apesar de muitas pessoas acreditarem que chás ou sucos específicos podem agir como repelentes, não há nada que garanta os efeitos desses tipos de receita. “Essa crença existe em diversas culturas pelo Brasil, mas não há estudos científicos demonstrando a eficácia desta estratégia”, alerta o especialista.
Quem não recorreu às soluções caseiras a tempo ou até mesmo aos repelentes tradicionais e está sofrendo com os reveses das picadas deve, somente, passar água gelada no local da lesão. “Essa é a melhor opção. O álcool resseca muito a pele e, por isso, não deve ser usado. Além disso, o uso de cremes, pomadas ou medicamentos para alívio só deve ser feito após prescrição médica”, afirma Marcelo.