A deterioração da paisagem urbana é interpretada como ausência dos poderes públicos, enfraquecendo os controles impostos pela comunidade, aumentando a insegurança, abrindo portas para a prática de crimes. Local onde existe uma depredação, tem mais chances de ter outras na sequencia. Essa tese é a base de uma teoria surgida nos EUA na década de 80 que ficou conhecida como “teoria das janelas quebradas”.
Nela, se baseiam muitas das políticas de combate à violência. Como não se pode acabar com criminosos, drogados de rua ou pichadores, quando uma área está super-infestada, a população reclama e o governo dá mais proteção, dispersando os “meliantes”.
Sempre foi assim. Lembre-se da repressão à Cracolândia em SP, ou em Curitiba, a restauração da rua Riachuelo, iluminação da Praça Osório e agora está ocorrendo no bairro São Francisco. É como se as autoridades estivessem sempre a apagar incêndios, já que não existem recursos para controlar o todo.
A conclusão mais óbvia é então que, se a população de uma região reclamar, será atendida antes. A segurança pública não é um segmento técnico apenas. Também é baseada em decisões políticas. Portanto, denuncie sempre. Faça boletins de ocorrência. Nunca se cale diante do crime.