Corregedoria Geral da Polícia Civil prende dez pessoas

A Corregedoria Geral da Polícia Civil e a Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) prenderam, na manhã desta quinta-feira (2), seis policiais e mais quatro pessoas que trabalhavam com eles ilegalmente em Curitiba. Quatro policiais estavam lotados no 13.º Distrito Policial, no Tatuquara, e outros dois na Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe).

Segundo o corregedor-geral da Polícia Civil, Paulo Ernesto Araújo Cunha, as investigações levaram cerca de seis meses. “Eram duas situações diferentes. Numa, eles estavam envolvidos com pessoas ligadas ao tráfico de drogas. Na outra, facilitavam o comércio irregular de bebidas”, explicou o corregedor.

Os ajudantes, também chamados “bate-pau”, presos foram: Clodoaldo Duarte, Anderson Souza Machado, Carlos Alberto de Oliveira e Felipe Ninio Menegasso. O corregedor explicou que os nomes dos policiais civis envolvidos não serão divulgados até eles passarem por julgamento no Conselho da Polícia Civil.

Segundo o delegado Kleudson Moreira Tavares, do Núcleo de Inteligência e Operações Especiais da Corregedoria Geral da Polícia Civil, tanto policiais como os “bate-paus” praticavam extorsões com valores de R$ 5 a R$ 10 mil. “Eles pegavam o que o comerciante ou o usuário de drogas tinha no bolso”, afirmou Tavares.

Os policiais podem ser demitidos administrativamente e, assim como os seus ajudantes, vão responder pelos crimes na Justiça. No ano passado, 23 policiais civis foram demitidos da instituição graças a investigações da Corregedoria. Além disso, aconteceram onze suspensões. Este ano já foram sete demitidos e dois suspensos.

A Secretaria da Segurança Pública afirma que a ação da Corregedoria da Polícia Civil, demonstra o posicionamento do Governo do Estado e do secretário Cid Vasques de completa intolerância contra desvios de conduta de qualquer servidor público, bem como a atuação efetiva dos mecanismos de controle interno. Todo indício de irregularidade é apurado pela Secretaria e suas unidades e, sendo comprovado o delito, os responsáveis são rigorosamente punidos.

PROBLEMA – Cunha disse que os chamados “bate-paus” são um mal Na Polícia Civil. “Esse tipo de pessoa trabalha como policial, mas não é policial. É uma coisa que acontecia muito no interior e que diminuiu bastante, mas infelizmente ainda existem casos. Esse é um mal que não deve ser combatido apenas pela Corregedoria, mas por todos os policiais civis de bem”, afirmou o corregedor. A investigação vai apurar como essas pessoas chegaram a trabalhar dentro das unidades policiais e se necessário mais pessoas serão punidas.