Lúpus: a doença invisível que desafia a medicina e a sociedade

Imagine acordar todos os dias sem saber como seu corpo vai reagir. Um dia você sente uma fadiga extrema, no outro, dores nas articulações, febre ou lesões na pele. Para quem vive com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), essa imprevisibilidade é uma realidade constante.

Por isso é importante compreendermos que o LES é uma doença crônica, inflamatória e autoimune que pode acometer qualquer órgão ou sistema do corpo, tornando-se um complexo desafio para o paciente e para a equipe médica. Embora seja mais comum em mulheres entre 20 e 40 anos, pode atingir qualquer idade e gênero. Só no Brasil, estima-se que 65 mil pessoas sejam portadoras de lúpus.

Por meio do Fevereiro Roxo, campanha que também abrange a conscientização sobre a fibromialgia e o Alzheimer, desenvolvemos um momento importante para falarmos sobre essa doença que, apesar de grave, ainda é pouco compreendida pela sociedade. Afinal, o Lúpus não tem uma “cara” definida: pode se manifestar de formas muito diferentes, desde sintomas mais leves, como queda de cabelo e feridas na boca e nariz, até complicações sérias como nefrites, pleurites e distúrbios neurológicos.

Dentre os sintomas mais comuns temos desde manchas no rosto em formato de asa de borboleta, febre, perda de peso e fotossensibilidade, assim como anemia, transtornos de humor e até mesmo, em alguns casos, crises convulsivas.

Atualmente a medicina avançou no diagnóstico e tratamento dessa doença. Hoje, exames laboratoriais auxiliam na identificação precoce e no acompanhamento dos pacientes. O manejo do Lúpus exige um olhar multidisciplinar: reumatologistas, nefrologistas, dermatologistas, psicólogos e fisioterapeutas são alguns dos profissionais que trabalham juntos para oferecer mais qualidade de vida a quem tem Lúpus.

É importante ressaltarmos que, apesar de não haver cura contra o LES, há controle. Com o tratamento adequado e mudanças no estilo de vida – como evitar exposição excessiva ao sol, manter hábitos saudáveis e aderir corretamente aos medicamentos – é possível reduzir a frequência e a intensidade das crises de modo a melhorar a rotina do paciente conferindo mais qualidade de vida.

A conscientização sobre o Lúpus é fundamental. Se você conhece alguém com sintomas persistentes como fadiga extrema, dor articular ou alterações na pele, incentive a busca por um diagnóstico precoce. Quanto mais falamos sobre essa doença, mais pessoas terão acesso ao tratamento adequado. Afinal, informação também salva vidas.

*O conteúdo dos artigos assinados não representa necessariamente a opinião do Mackenzie.

Sobre a Faculdade Evangélica Mackenzie

A Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (Fempar) possui 55 anos de tradição no curso de Medicina. Faz parte do seleto grupo de escolas de saúde acreditadas no Brasil e alcançou nota máxima na mais recente avaliação do MEC. Sob gestão do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) desde 2019, conta com estrutura avançada, novas tecnologias, modernos laboratórios e campo de estágios no Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM), que é o maior prestador SUS do estado do Paraná e conta com todas as linhas de cuidado, até a alta complexidade.