É preciso prestar atenção própria respiração: ás vezes, a pessoa respira por apenas uma narina e nem se da conta. Esse pode ser um sinal de desvio de septo, um problema que acontece quando a deformidade do septo nasal, estrutura que separa as duas narinas acaba obstruindo a passagem de ar.
Segundo o otorrinolaringologista Alexandre Cercal, desvio do septo possui diferentes apresentações, como: desvios simples, que não necessitam de cirurgia; desvios visíveis que comprometem a estética nasal e podem causar obstrução, – esses necessitam de rinoseptoplastia (cirurgia plástica nasal em conjunto com septoplastia), – e desvios que causam exclusivamente queixas obstrutivas, ou seja, precisam de uma de septoplastia.
“A causa do desvio de septo pode ser de origem congênita ou devido a um trauma. Normalmente o paciente reclama de dificuldade de passagem do ar pelas narinas (unilateral ou bilateral), e, em várias ocasiões, essa reclamação vem associada a uma queixa estética quando o desvio é aparente, já que essa deformidade pode também desviar a ponta do nariz” comenta Cercal, que lembra que, muitos pacientes também não apresentam sintomas visíveis do desvio de septo.
Segundo o especialista, praticamente todas as pessoas têm algum grau de desvio de septo, mas que isso não é necessariamente um problema. O que muda é que, em alguns casos, o comprometimento da respiração pode ser imperceptível, enquanto em outros pode prejudicar a qualidade de vida do paciente. “Nas situações mais graves, caso medicamentos não façam mais efeitos e não sejam suficientes, é indicada a cirurgia” diz.
A cirurgia mais indicada é a septoplastia, que corrige os desvios do septo nasal. Porém, em casos mais severos, é preciso fazer uso de métodos mais modernos, como a utilização de enxertos – pedaços do próprio septo removido – para melhorar o suporte e corrigir desvios residuais.