Acontece na Política: Brasil em guerra

Nesta semana a sociedade brasileira declarou guerra ao governo e demonstrou que abandonou o estado de comodismo que caracterizou a última década. As manifestações nas ruas que iniciaram com protestos contra o elevado preço da passagem do transporte coletivo tomaram proporções surpreendentes nas capitais e, também, nos municípios do interior. Porém, o pedido de diminuição do preço da passagem só foi o começo.

Feira de protestos
Há protestos para todos os gostos. Contra a corrupção, os superfaturamentos das obras da Copa do Mundo, a PEC 37 que minimiza o poder do Ministério Público, a impunidade em relação aos mensaleiros, a retomada do processo inflacionário, à constante queda do PIB, à alta tributação e a precariedade dos serviços públicos oferecidos.

Exemplo de Lula
Ao se sentir acuada, a presidente Dilma adotou a mesma postura do ex-presidente Lula após a denúncia do mensalão em 2005. Fez um discurso parabenizando o fato para tentar se distanciar do foco. Com Lula deu certo. Será que com ela vai colar?

Até onde vai?
Com a grande quantidade de demandas sinalizadas pelos protestos, fica difícil saber até quando serão realizados os protestos e quais serão os resultados. Alguns sonham com o impeachment da presidente Dilma. Não é tão fácil. Ela tem a maioria no Congresso. E são os deputados e senadores que podem votar o impeachment dela.

Resposta das urnas
Em uma análise mais otimista as manifestações poderão ocorrer até 2014. Ano em que acontece não só a Copa do Mundo no Brasil, mas também as eleições para presidente, governador, deputados e senadores. O desgaste político do governo federal conscientizará a população a escolher outra alternativa para o país. Por meio das urnas, a população demonstrará que as manifestações populares não só ficarão na história como vãooriginar outro destino político. Desta maneira, os protestos realmente terão valor histórico.