Com toda a instabilidade política que se instalou no país nas duas últimas semanas de manifestações uma certeza é levantada pelos parlamentares do Congresso e pelos partidos. Quem saiu ganhando com a onda de protestos foi a ex-senadora Marina Silva. Dentre os políticos de oposição, ela se fortaleceu e procura uma sigla para viabilizar candidatura a presidente.
Plano B
Mesmo após conseguir todas as assinaturas para viabilizar seu novo partido: a Rede Sustentabilidade, a futura presidenciável espera que a proposta que limita tempo de TV e fundo partidário não seja aprovada pelo Congresso há tempo. Caso o governo consiga aprovar, Marina poderá utilizar como Plano B o ingresso ao MD (partido que surgiu da fusão do PPS com o PMN).
Alternativas da oposição
A oposição enxerga nela um nome forte que tem a possibilidade de comprometer a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Se a candidatura do tucano Aécio Neves não decolar, Marina Silva pode desequilibrar a disputa polarizada. Outro nome que, também, a oposição vê com simpatia é do governador de Pernambuco e atual aliado, Eduardo Campos (PSB).
Dilma sem PSB
Com a onda de protestos, Eduardo Campos deverá se antecipar e decidir logo se joga com a oposição ou com o governo. Não poderá mais ficar em cima do muro. Tal postura passiva pode comprometer sua intenção de disputar eleição a presidente da República. Para isso, o PSB deverá deixar a base da presidente Dilma. A possibilidade não agrada as demais lideranças da sigla.
PSD na oposição?
Ao se estabelecer uma situação política desfavorável para o governo, um dos partidos que assiste quieto os desdobramentos dos fatos é o PSD. Com uma das maiores bancadas da Câmara Federal, a sigla sinalizava até o momento o apoio à reeleição da presidente. Porém, o início da crise politica pode motivar a nova agremiação a migrar para a oposição.
