Nesta quinta-feira, Curitiba receberá representantes de dezenas de municípios paranaenses e convidados de outras regiões brasileiras. São gestores públicos, lideranças empresariais, prestadores de serviço, especialistas, representantes de organizações sociais e pesquisadores inscritos para o I Congresso Paranaense de Cidades Digitais. O evento visa promover discussões e debates sobre soluções, desafios e oportunidades geradas a partir do uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC) para a gestão pública.
Inédito no país, o Congresso foi precedido por cinco rodadas regionais. Na abertura, em Curitiba, contou com a presença da prefeita em exercício e Secretária Municipal do Trabalho e Emprego, Mirian Gonçalves, e representantes de mais de 20 municípios da região metropolitana e litoral do estado, entre eles, Piraquara, Guaratuba e Pinhais, que tiveram suas iniciativas de sucesso apresentadas, além da própria capital paranaense com ideias inovadoras, como o Vila Torres Digital, sistema de comunicação que proporciona internet gratuita a uma comunidade local integrada com um portal de comunicação.
Este encontro é realizado pela Rede Cidade Digital (www.redecidadedigital.com.br), uma iniciativa da RCD – Sistemas de Comunicação que tem o propósito de atuar como mediadora na comunicação entre as cidades e pessoas que buscam a integração virtual de suas localidades por meio do sistema Cidade Digital. O Paraná, de acordo com levantamento feito pela Rede Cidade Digital, possui em torno 80 localidades com iniciativas desta natureza. “Vamos reunir o máximo possível de instituições, empresas e pessoas envolvidas em ações ligadas a cidades digitais, para que os públicos obtenham o máximo possível de informações e de conhecimentos”, afirma o diretor da Rede, José Marinho, que busca, por meio do Congresso, estimular o surgimento de novas cidades digitais no estado e o aprimoramento daquelas que já o são.
O Congresso
O I Congresso Paranaense de Cidades Digitais, realizado em parceria com o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), irá concretizar trabalhos desenvolvidos pela Rede Cidade Digital e iniciar uma nova cultura entre os municípios do estado, de diálogo, cooperação e troca de experiências no setor das TIC.
O objetivo é abrir espaço para diálogos a respeito do melhor uso que pode ser feito da infraestrutura tecnológica utilizada em municípios que implantaram, ou irão implantar, iniciativas desta natureza. Este, por exemplo, será um dos enfoques da secretária nacional de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações, Lygia Pupatto, que esteve em Curitiba palestrando na primeira rodada e participará, durante o evento, do painel Políticas Públicas do Governo Federal. “Eu acho que agora é o momento de debater todas as possibilidades que surgem com a implantação da infraestrutura de fibra óptica, que vai desde atrair indústrias, desenvolver uma economia criativa, de melhorar a gestão de todos os serviços da prefeitura”, comenta Lygia.
Um dos mais importantes debates que serão realizados é sobre a função social das cidades digitais, fugindo da ideia de priorização apenas dos progressos tecnológicos. Este será um assunto tradado pelo Prof. Dr. Leonardo Mendes, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). “[…] discutir Cidades Digitais não é discutir tecnologia, é discutir quais as soluções são necessárias para implantar a política de gestão pública, de inclusão digital, de gestão da informação e de serviços de comunicações unificadas que a sociedade deseja estabelecer”, afirma o acadêmico que participará do painel O Futuro das Cidades Digitais – Planejamento e Execução.
As Rodadas Regionais
Além de Curitiba, no dia 23 de maio, as Rodadas Regionais do Congresso percorreram o estado, recolhendo informações e experiências regionais nas cidades de Londrina (27/06), Foz do Iguaçu (29/08), Ponta Grossa (26/09) e Campo Mourão (24/10). No total, participaram das rodadas representantes de mais de 150 cidades e boa parte deles estará presente no Congresso.
#CidadesDigitaisPR
O I Congresso Paranaense de Cidades Digitais é apoiado e terá a presença de diversos órgãos federais, estaduais e municipais, bem como organizações da iniciativa privada. São parceiros do evento: Ministério das Comunicações, Anatel, Governo do Estado, por meio da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, Celepar, CAU/PR, Crea-PR, FACIAP, as prefeitura de Curitiba, Londrina, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Campo Mourão.
Além dessas instituições, há apoio de 13 associações municipais paranaenses: Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec), Associação dos Municípios do Norte do Paraná (Amunop), Associação dos Municípios do Norte Pioneiro (Amunorpi), Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar), Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop), Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), Associação dos Municípios do Centro Sul do Paraná (Amcespar), Associação dos Municípios do Centro do Paraná (Amocentro), Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG), Associação dos Municípios do Noroeste do Paraná (Amunpar), Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), Associação dos Municípios da Região de Entre Rios (Amerios) e Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (Comcam), além da Aliança Paraná Sustentável, abordando o Programa de Cidades do Pacto Global das Nações Unidas, que visa o desenvolvimento dos 399 municípios paranaenses.
