No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente no sexo masculino, representando cerca de 10% do total de cânceres. Além disso, mais do que qualquer outro tipo, é considerada uma doença da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos ocorrem a partir dos 65 anos. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa para 2016 é de 61.200 mil novos casos.
Recentemente o ator Ben Stiller revelou que foi diagnosticado com câncer de próstata. Durante a participação em um programa de rádio americano, ele fez um apelo quanto aos exames preventivos. O ator falou sobre o teste de sangue, feito para conferir os níveis de PSA (Antígeno Prostático Específico).
Apesar de ter sido lançada na década de 80, a dosagem de PSA no sangue ainda é desconhecida de muitos homens. O PSA é uma substância produzida pelas células da próstata. Quando existe um aumento no número de células produtoras, como o que acontece no caso do câncer de próstata e da prostatite (inflamação da próstata), o PSA se eleva no sangue, servindo como indicador dessas doenças.
A taxa considerada comum pelos médicos é de quatro nanogramas por mililitro. Quando há um aumento do nível os médicos desconfiam de câncer e podem sugerir a repetição do exame e a realização de uma biópsia da próstata para confirmar o diagnóstico.
“Esses exames são de extrema importância, pois o câncer de próstata não produz sintomas nas fases iniciais”, alerta o médico Jaime Rocha, da Unimed Laboratório. Além disso, ele orienta que a realização dos exames de rotina deve começar aos 40 anos para aqueles que têm registros de casos em parentes de primeiro grau, uma vez que o câncer hereditário pode aparecer mais cedo. Para aqueles sem registros, os exames podem ser feitos a partir dos 50 anos.
Existem quatro procedimentos que possibilitam a diferenciação entre as lesões benignas e o câncer: toque retal, dosagem de PSA no sangue, ultrassonografia e biópsia de próstata. “O uso adequado desses exames torna possível a descoberta precoce da doença”, reforça o médico. O toque retal é feito por meio da palpação da próstata, realizada pelo médico durante a consulta clínica ou urológica, permitindo a detecção de áreas suspeitas na glândula. A ultrassonografia de próstata com biópsia, apesar de ser o exame definitivo para o diagnóstico de câncer, apresenta inconvenientes que restringem a sua utilização frequente, sendo indicado apenas nos casos considerados suspeitos pelos exames anteriores.
Câncer de próstata
A próstata é uma pequena glândula do aparelho reprodutor masculino, que envolve a uretra na saída da bexiga. Produz o sêmen, que é responsável pelo transporte e fonte de energia para os espermatozóides. O câncer de próstata, em sua fase inicial, não costuma apresentar sintomas. Quando apresenta, destacam-se os sintomas consequentes ao aumento da próstata que, por envolver a uretra (que consiste no canal por onde passa a urina), costumam ser: dificuldade para iniciar a micção, urgência para urinar, jato urinário fraco, sensação de não esvaziar be