Com 941 mil empregos diretos no ano passado, o setor de franquias projeta expansão do número de postos de trabalho em 2013 em torno de 12%, o que significa que deverão ser gerados mais de 100 mil empregos diretos ao longo do ano. O diretor executivo da Associação Brasileira de Franchising, Ricardo Camargo, destacou que todos os empregos são formais. “Não existe hipótese de a franquia ter funcionários não registrados, até porque os franqueadores cobram a legalidade com rigidez absoluta dos franqueados”, assegurou. Os empregos indiretos do setor alcançam 3,6 milhões. Camargo explicou que para cada emprego direto há quatro indiretos nas áreas de logística, atendimento, produção e serviços.
Em 2012, o mercado nacional de franquias cresceu 16,2%, mostrando faturamento de R$ 104 bilhões. O setor experimentou aumento de 19,4% em marcas, atingindo 2.426 em atuação no Brasil, o que valeu ao país a terceira posição no ranking mundial, liderado pelos Estados Unidos e pela China. O número de unidades totalizou 104.543, com ampliação de 12,3% em comparação ao ano anterior.
Em 2013, a meta é crescer 10% em marcas e em lojas e 16% em faturamento. Do total de marcas, 94% são nacionais e 6% estrangeiras. O diretor executivo informou que mais de 100 marcas brasileiras operam em 57 diferentes países. Os segmentos com maior potencial de expansão no Brasil são beleza, moda, lazer, alimentação, turismo, idiomas, informática, eletrônicos e setor automobilístico na área de prestação de serviços.
Segundo Camargo, a franquia é a porta mais segura para a entrada de microempreendedores no mercado formal. Até 2012, eram consideradas mini franquias empreendimentos com investimentos até R$ 50 mil. A partir deste ano, o valor foi elevado para até R$ 80 mil. São consideradas também mini franquias aquelas que apresentam faturamento anual entre R$ 30 mil e R$ 40 mil.
O grande fator de crescimento das franquias no Brasil tem sido a ascensão das classes sociais D e E à classe C, acrescentou Ricardo Camargo. “No ano passado, a indústria caiu 2,3% e a agropecuária, 2,2%. Os setores responsáveis pelo crescimento econômico foram os serviços e o varejo, que são a maioria dos casos de franquias”.
A expansão da renda do trabalhador acima da inflação e o fato de os empregos não serem afetados pelo baixo crescimento econômico têm dado suporte para o incremento do varejo. “Mas, se o crescimento econômico começar a patinar novamente, em termos de 1% ou 0,5%, nós vamos ter problemas em dois anos”.
))) Alana Gandra