A Gol implementou em 1º de janeiro um sistema de bonificação em dinheiro para pilotos que reduzirem o tempo dos voos e diminuírem atrasos, economizando combustível. A empresa teve prejuízo de R$ 1,5 bilhão em 2012.
A meta inicial de cortar 700 toneladas de querosene de aviação por mês – economizando R$ 1,9 milhão – foi batida em janeiro e fevereiro pela companhia: nos dois primeiros meses do ano a economia foi de R$ 4,6 milhões (R$ 2,3 milhões mensais. Além disso, a empresa tem que atingir um nível de pontualidade das decolagens e pousos em 55,1% dos voos.
Entre as sugestões da Gol para os pilotos economizarem combustível estão reduzir a altitude de forma mais direta possível para o pouso, desligar um dos motores durante o taxiamento, deixar um dos reversos (freio) travado para pousar em pistas longas, usando os freios manuais, e fazer rotas mais diretas.
A medida foi considerada polêmica por especialistas do setor, por acreditar que envolvem riscos à segurança. Já a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) diz entender que não há risco para os passageiros e que não tem competência para avaliar este tipo de política.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) não se manifestou até a publicação desta reportagem.
No início de março, as empresas aéreas se reuniram com a presidente Dilma Rousseff pedindo a redução do preço da querosene de aviação que, segundo a Associação Brasileira das Empresas Aéreas, representa 43% do custo médio das passagens aéreas.