Um projeto que envolve população, governo e iniciativa privada tem tirado milhares de litros de óleo de cozinha do meio ambiente, gerando renda e, de quebra, contribuído para os trabalhos do Hospital Erasto Gaertner.
O circuito começa no ponto de coleta instalado na Secretaria Estadual do Meio Ambiente na Rua Desembargador Motta, 3384, em Curitiba. Todo o óleo pós-consumo recebido na secretaria é entregue à reciclagem. A partir dele, são fabricados detergente, água sanitária, sabão em pasta e em pedra – 10% desses produtos de limpeza são doados ao Erasto Gaerter.
“É um trabalho feito a várias mãos, com a participação da sociedade, que está cada vez mais consciente da importância da separação do óleo, da iniciativa privada, que reutiliza os resíduos sólidos, e do governo, que garante a contribuição social”, destaca o coordenador de resíduos sólidos da Secretaria do Meio Ambiente, Laerty Dudas.
O ponto de coleta recebe milhares de litros de óleo de cozinha usado todos os anos. Em 2012, foram mais de 5,12 mil litros. Neste ano, o número já ultrapassou 3,5 mil.
POLUIÇÃO – O potencial poluidor do óleo de cozinha impressiona: um litro do produto pode contaminar até 20 mil litros de água. Isso porque os óleos, seja de origem vegetal ou animal, são insolúveis em contato com a água.
Quando descartado no ralo da pia ou do banheiro, o óleo vai para o esgoto, pode entupir as tubulações e poluir os rios e mananciais de abastecimento público. Se lançado diretamente no solo, também causa problemas, pois acumula-se nos bueiros ou nas margens dos rios, impermeabilizando o solo e agravando a situação das enchentes.