É possível que pessoas que tiveram sobrepeso ou foram obesas na adolescência nos últimos anos não estejam vivenciando este aumento da expectativa de vida, de acordo com um estudo publicado pela Endocrine Society (EUA). Segundo Fabiano Sandrini, endocrinologista do Laboratório Frischmann Aisengart, as taxas cada vez maiores de obesidade ameaçam o progresso da expectativa de vida.
Ao estudar a taxa de óbitos entre adultos com menos de cinquenta anos, a pesquisa mostrou que houve uma estagnação na expectativa de vida no recorte de homens que foram obesos na adolescência.
O número de mortes de pessoas do sexo masculino com sobrepeso de 2000 a 2010 se mostrou tão alto quanto era nas décadas de 1960 e 1970.
Segundo Sandrini, a pesquisa, além de alertar sobre os riscos do sobrepeso, traz também a hipótese de que a expectativa de vida geral da população torne a baixar. “Com hábitos sedentários e má alimentação, a obesidade está cada vez mais presente, trazendo com ela diversos riscos de enfermidade”.
Segundo o médico, a obesidade aumenta a probabilidade de morte por doença cardiovascular e câncer. Outras causas de óbito também podem ser relacionadas à condição, tais como acidentes de carro ligados à apneia, distúrbio comum em pessoas obesas. Além disso, a obesidade contribui para doenças crônicas. “É uma condição que exige cuidados redobrados, para o bem das famílias e da sociedade”, declara Sandrini.