No Brasil, temos a cultura de aceitar uma lei como se fosse uma moda. Até tem uma frase muito dita por aí “aquela Lei não pegou…”. São tantas leis e decretos inchando nossos códigos que, algumas feitas muitas vezes às pressas, para atender uma demanda, acabam caindo no descrédito público. Por exemplo, quem se lembra da obrigação de se utilizar kits primeiros socorros nos automóveis? Ou conhece alguém que já foi multado por estar fumando ao volante? Tomando algum líquido não alcoólico ao volante? Em algum tempo, essas ações eram discutidas diariamente na TV. Eram idéias imperativas de uma nova lei que surgia.
Por outro lado, tem as leis que não existem da forma que são popularmente interpretadas. E lá se vão mais frases feitas para justificar erros, “dentro” da Lei. Por exemplo, popularmente se considera que um cidadão pode fazer o barulho que quiser até as 22h que está tudo certo. Mito. Na verdade, não se pode fazer barulho a ponto de importunar o sossego de outras pessoas. A lei que não existe, tem até nome: Lei do Silêncio.
É muita Lei. Muita regra criada e pouca gente para fazer cumprir.