O Brasil tem uma das maiores populações de prisioneiros do mundo. São mais de meio milhão de pessoas sem liberdade. O Paraná é o quarto estado com mais detentos, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A morosa Justiça, ainda proporciona dados piores: quase 220 mil detidos aguardam julgamento em prisão preventiva. Um grupo de estudo da ONU, que está nos observando sob uma ótica externa, acusa o Brasil de utilizar a prisão como forma prioritária de penalidade e correção. Estão certos. É preciso com urgência ampliar as formas de penas alternativas, dar mais espaço para a educação e dar celeridade ao processos da esfera crimanal. Um brasileiro tem o direto a ser julgado com prazo decente. Não se pode tolerar que para se chegar a um julgamento, demore, em alguns casos dois, três ou cinco anos. O custo dessa política é muito alto para os cofres públicos. Da comissão, a única ressalva foram as alterações no Código de Processo Penal, que tratam a prisão preventiva como o último recurso aos que cometeram crimes com pena de prisão inferior a quatro anos.