O que arte, crise e vazio existencial têm em comum? Esse é o mote do espetáculo Para Poe da Companhia Transitória, no Teatro Novelas Curitibanas. A peça coloca em cena personagens inusitados para uma discussão de questões filosófico-existenciais ambientada nos anos 1980 para, com humor e ironia, abordar as interferências do universo pop na nossa sociedade. Para Poe é um espetáculo contemplado pelo Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2012, obra de criação coletiva dos artistas Clarissa Oliveira, Erick Alessandro, Patrícia Cipriano e Thiago Inácio.
A temporada se encerra no dia 04 de agosto e as apresentações ocorrem de quinta a domingo, às 20h. A entrada é franca.
A peça é uma comédia irônica em que a personagem Siouxsie se alimenta de um amor platônico idealizado pelo seu zumbi, que na verdade não passa de uma projeção de si mesma, dos seus traumas e crises, enquanto Edgar, o cérebro gigante, funciona como a voz da sua consciência e o Cara de Chapéu transita pela cena como criação de um universo misterioso, o anti-herói que volta em flash backs costurando o espetáculo com cenas construídas por meio das lembranças de Siouxie.
