A Prefeitura de Curitiba revogou o processo de licitação – iniciado em 2011 – para aquisição de radares de monitoramento do tráfego.
Desde o início do ano, a Assessoria de Projetos do Departamento de Fiscalização da Secretaria de Trânsito (Setran) e uma comissão criada pelo prefeito Gustavo Fruet reavaliavam a licitação. A decisão de revogar a licitação tem como base a preservação do interesse público. Entre as principais fragilidades encontradas no processo está a aquisição, ao custo de R$ 27 milhões, de equipamentos que tendem a se tornar obsoletos em pouco tempo, devido ao surgimento constante de novas tecnologias.
Além disso, a licitação fixava em apenas 12 meses a garantia dos equipamentos para defeitos técnicos. Não havia qualquer previsão de manutenção ou reposição dos equipamentos em caso de perdas por colisões, vandalismo ou furto. Nesses casos, a Prefeitura teria de comprar um novo equipamento. Seria necessário abrir um processo de licitação exclusivo para manutenção dos mesmos.
De acordo com estudos da Setran, atualmente para contratar a manutenção pelo prazo de quatro anos seriam necessários mais de R$ 11 milhões, que se somariam aos R$ 27 milhões da aquisição dos equipamentos, totalizando mais de R$ 38 milhões para cinco anos de operação. O contrato previa a instalação de fiscalização eletrônica em 232 locais.