A Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) realiza nesta e na próxima semana uma pesquisa sobre o tempo de semáforo em cruzamentos da região central da cidade com grande fluxo de carros e pedestres. A intenção é aumentar o tempo de travessia nesses locais, principalmente para beneficiar idosos e pessoas com mobilidade reduzida.
Agentes da Setran cronometram o tempo da travessia nos cruzamentos e conversam com pedestres idosos ou com mobilidade reduzida para recolher informações sobre suas dificuldades em cruzar as faixas de pedestres na cidade. Também aproveitam para dar orientações para uma travessia segura, como não correr na faixa e não atravessar quando o sinaleiro estiver vermelho para o pedestre.
“Na região dos cruzamentos pesquisados, há locais para onde se dirigem muitas pessoas, como unidades de saúde e de serviços, templos religiosos, terminais de ônibus. Além de cronometrar o tempo de travessia, também estamos vendo as características que a via apresenta, como a largura e a sinalização específica”, informa Adilson Lombardo, assessor de educação da Escola Pública de Trânsito da Setran. Segundo ele, as informações e situações levantadas vão possibilitar o aumento do tempo de travessia dos pedestres para garantir sua segurança.
“Essa trabalho é importante para todo mundo. Há lugares em que consigo passar normalmente, outros não, preciso apertar o passo. Tem muita gente imprudente também, que não respeita o sinaleiro. É muito bom que estejam fazendo esta pesquisa para aumentar o tempo de passagem dos pedestres”, opina Alcides Souza Martins, de 64 anos, que respondeu a pesquisa da Setran no cruzamento da ruas João Negrão e André de Barros, nesta quarta-feira (02).
Nesta semana, também estão sendo realizadas pesquisas nos cruzamentos da Rua Desembargador Westphalen com as ruas André de Barros e Pedro Ivo, na região da Praça Rui Barbosa. “É sempre melhor esperar o tempo certo para passar no sinal verde e ter segurança. Muitas pessoas passam pela faixa do pedestre quando o sinaleiro abre e, às vezes, fica perigoso para nós idosos”, afirma Beatriz Berenice de Oliveira, de 69 anos.
Além da pesquisa com os idosos realizada pela Escola Pública de Trânsito, a diretoria de engenharia da Setran tem feito estudos constantes do tempo de semáforo em vários cruzamentos da cidade. Em setembro, seis cruzamentos da região central tiveram alteração do tempo de travessia de pedestres – Avenida Pres. Affonso Camargo com Rua Gal. Carneiro; Rua Des. Westphalen com Rua Pedro Ivo; Rua André de Barros com Rua Alferes Poli e com Rua João Negrão; Rua Mariano Torres com Rua XV de Novembro e com Rua Mal. Deodoro. Nesses locais, houve aumento de até 100% no tempo para o pedestre cruzar a faixa de segurança.
