Vandalismo gera gasto público de R$ 1,5 milhão por ano

Mais de 200 prédios e equipamentos públicos, ou monumentos, são pichados a cada mês em Curitiba. O vandalismo em prédios do Município atinge parques e praças, terminais de ônibus, mobiliário urbano, o Mercado Municipal, em depredações que causam um gasto público próximo a R$ 1,5 milhão por ano – valor equivalente ao da construção de um Centro Municipal de Educação Infantil.
No Mercado Municipal, somente com troca de peças, reparo de equipamentos ou repintura de paredes são gastos cerca de R$ 850 por mês. O principal foco são os banheiros e as paredes externas do prédio. O furto de papel higiênico e papel toalha é outra prática comum entre os usuários.
“A saída é fazer um trabalho educativo, um processo de resgate de valores para a preservação dos bens públicos. Afinal, tudo que é oferecido pelo serviço público sai do bolso do próprio usuário, que paga impostos e contribui para a construção do bem”, analisa a gerente de Unidades de Mercado, Mônica Taques, vinculada a Secretaria Municipal de Abastecimento.
Segundo Mônica, são constantes as trocas de tampas de vasos sanitários, em quebra causada por pessoas que sobem nelas. A substituição de peças nas válvulas hidras e nas torneiras automáticas também são frequentes. “O mau uso ocasiona a quebra”, explica Mônica.
Além destes itens, o entupimento do vaso sanitário é outra ocorrência comum. São jogados dentro do vaso sanitário desde fraldasaté pedaços de pano e roupas. A gerente conta que já chegaram a retirar uma calça jeans de dentro do vaso.

Pichações

O número de flagrantes de pichações, de janeiro a agosto deste ano, ultrapassou o total em todo o ano passado. A Guarda Municipal registrou este ano um aumento de 166% nas denúncias a pichadores, pelo telefone 153.
O terminal do Bairro Alto é o campeão em ocorrências, seguido pelos terminais do Campo Comprido, Portão e Capão Raso. Entre os equipamentos públicos, a escola municipal Papa João XXIII, na Rua Itacolomi, no Portão têm a maior incidência de pichação.