Curitiba receberá 21 médicos do programa Mais Médicos do governo federal. Com o objetivo de ampliar o número dos profissionais no Sistema Único de Saúde (SUS), os médicos serão distribuídos em 17 unidades de saúde da periferia da capital.
De acordo com o diretor do Departamento de Atenção Primária da Secretaria Municipal da Saúde, Paulo Poli, embora os médicos de Curitiba tenham boa remuneração, há uma dificuldade constante em fixar médicos nas regiões de periferia da cidade em que há maior crescimento populacional e grande demanda para o SUS.
Poli disse que outros entraves são a estrutura antiga de algumas unidades de saúde da capital, que têm plantas da década de 70, a localização mais afastada ou em regiões violentas. “Só neste ano estamos reformando 97 unidades e melhorando a estrutura física desses locais, mas ainda precisamos melhorar a organização do processo de trabalho de algumas delas”, afirma.
Curitiba havia solicitado 22 médicos nesta primeira etapa do programa e foi atendida com 21. No Paraná, apenas 9% do total de profissionais que foram solicitados pelos 286 municípios que aderiram ao programa serão contratados. O Ministério da Saúde já informou que fará novas seleções até que toda a demanda dos estados seja atendida.
Os profissionais que vão participar do programa atuarão por três anos na rede de atenção básica à saúde e receberão uma bolsa formação de R$ 10 mil mensais, paga pelo governo federal. O município arca com despesas de moradia e alimentação.
Os médicos estrangeiros que se inscreveram no programa têm até a próxima quinta-feira para completar o cadastro. Mas a prioridade para preencher as vagas continua sendo dos médicos formados no Brasil.
